Consumo de canábis entre doentes franceses com ELA: Um Olhar sobre o Potencial Terapêutico

11/09/2023
Cannabis no tratamento da ELA

O Papel Terapêutico da Cannabis no Tratamento da ELA

A canábis, uma planta que tem sido usada medicinalmente durante séculos, continua a ser um tema de interesse na investigação médica moderna. Apesar dos desafios colocados pela proibição da canábis em várias partes do mundo, o seu potencial terapêutico continua a ser inegável.

Isto é particularmente evidente no contexto da ELA (esclerose lateral amiotrófica), também conhecida como doença de Lou Gehrig, em que os pacientes estão a recorrer à canábis e aos seus derivados para obter alívio.

Pacientes franceses de ELA e a Cannabis: Um estudo revelador

A França, conhecida pela sua política limitada de canábis medicinal, tem testemunhado um número significativo de doentes com ELA que recorrem à canábis para controlar os sintomas.

Um recente estudo aprofundou os padrões de uso de canábis entre os pacientes franceses com ELA, lançando luz sobre as suas experiências e os potenciais benefícios deste remédio antigo.

Principais conclusões do estudo

  • Estima-se que 22% dos pacientes franceses com ELA relataram usar cannabis à base de plantas ou óleo de CBD para aliviar os sintomas da doença.
  • Os participantes do estudo descobriram que os canabinóides melhoraram suas habilidades motoras, reduziram a dor, melhoraram o humor e, em geral, elevaram sua qualidade de vida.
  • Os efeitos colaterais relatados foram menores e incluíram sintomas como sonolência e boca seca.

Os autores do estudo destacaram a importância de suas descobertas, afirmando: "Até onde sabemos, este é o primeiro estudo que apresenta uma grande pesquisa baseada em questionário sobre a situação da 'vida real' em relação ao uso de cannabis no contexto médico em pacientes com ELA na França". Eles enfatizaram ainda a necessidade de mais pesquisas para explorar os benefícios potenciais da cannabis no gerenciamento de sintomas motores e não motores da ELA.

Canabinóides e ELA: A ciência por trás do alívio

Embora a evidência anedótica dos pacientes seja convincente, a comunidade científica também demonstrou interesse em compreender a relação entre os canabinóides e a ELA. Modelos pré-clínicos sugerem que os canabinóides podem não só ajudar no controlo dos sintomas, mas também atrasar a progressão da ELA. Este duplo benefício potencial torna o argumento a favor da canábis ainda mais forte.

Iniciativas globais de investigação

Reconhecendo o potencial da canábis no tratamento da ELA, investigadores de todo o mundo estão a realizar estudos para validar estas afirmações. Por exemplo, está atualmente em curso na Austrália um ensaio clínico aleatório controlado por placebo. Este ensaio visa determinar se os extractos de cannabis podem, de facto, abrandar a progressão da ELA.

Conclusão: Um Futuro Esperançoso para os Pacientes com ELA

O crescente conjunto de provas que apoiam os benefícios terapêuticos da canábis para os doentes com ELA oferece um sinal de esperança. À medida que mais países e comunidades médicas se abrem à ideia da canábis como medicamento, é crucial investir em investigação abrangente. Isto não só validará as provas anedóticas, como também abrirá caminho para protocolos de tratamento padronizados, assegurando que os doentes de todo o mundo possam aceder a tratamentos seguros e eficazes à base de canábis para a ELA.

Para os interessados em aprofundar os aspectos científicos da canábis e as suas potenciais aplicações terapêuticas em várias condições, incluindo a ELA, recursos como a publicação da NORML sobre Aplicações Clínicas da Cannabis & Os canabinóides oferecem uma riqueza de informações.

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Robin Roy Krigslund-Hansen

Robin Roy Krigslund-Hansen

Sobre o autor:

Robin Roy Krigslund-Hansen é conhecido pelo seu vasto conhecimento e experiência nos domínios da produção de CBD e de cânhamo. Com uma carreira de mais de uma década na indústria da canábis, dedicou a sua vida a compreender os meandros destas plantas e os seus potenciais benefícios para a saúde humana e o ambiente. Ao longo dos anos, Robin tem trabalhado incansavelmente para promover a legalização total do cânhamo na Europa. O seu fascínio pela versatilidade da planta e pelo seu potencial de produção sustentável levou-o a seguir uma carreira neste domínio.

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