Procurador de Guyana ordena não prender por cannabis

07/10/2024
Planta de cannabis

Procurador-Geral de Guyana ordena que forças policiais evitem prisão de infratores de cannabis menores

O Procurador-Geral de Guyana, Anil Nandlall, deu um passo significativo na reforma de como as forças policiais lidam com delitos relacionados à cannabis. Em uma diretiva clara, ele advertiu a polícia para evitar prender indivíduos encontrados com pequenas quantidades de cannabis, citando que essa prática vai contra os quadros legais atuais.

De acordo com o Procurador-Geral, indivíduos flagrados com menos de 30 gramas de cannabis não devem ser detidos. Este alerta surge após incidentes recentes em que indivíduos encontrados com 15 gramas e 4,2 gramas, respectivamente, foram supostamente presos.

Essas detenções, segundo Nandlall, violam os princípios legais em vigor. Ele enfatizou que os policiais não têm autoridade para encarcerar pessoas por posse menor de cannabis quando estas têm direito à fiança ou a penalidades sem privação de liberdade.

Leis atuais sobre cannabis em Guyana

Em Guyana, o quadro legal em torno da posse de cannabis é complexo. Infratores encontrados com até 15 gramas de cannabis são submetidos a sessões obrigatórias de aconselhamento, enquanto aqueles que possuem entre 15 e 30 gramas provavelmente enfrentarão serviço comunitário, conforme ordem de um magistrado.

Essa abordagem ressalta uma mudança em direção à reabilitação, em vez de punição, refletindo tendências globais mais amplas em favor da descriminalização da cannabis.

  • Menos de 15 gramas: Aconselhamento obrigatório
  • 15-30 gramas: Serviço comunitário

Com essas medidas em vigor, a diretiva de Nandlall reforça a ideia de que a prisão não deve ser uma opção para indivíduos pegos com pequenas quantidades de cannabis.

Contexto regional e global

Embora as políticas sobre cannabis de Guyana estejam evoluindo, o país continua em claro contraste com alguns de seus vizinhos da América do Sul.

O Uruguai, por exemplo, se destaca como o primeiro país a legalizar a cannabis em nível nacional, tendo feito isso em 2013. A postura pioneira do Uruguai foi seguida por nações como Canadá, Alemanha, Malta e África do Sul, que adotaram medidas de legalização semelhantes.

Além disso, mais de 57 países ao redor do mundo implementaram algum tipo de legislação sobre cannabis medicinal. Embora Guyana ainda não tenha seguido completamente esses exemplos mais progressistas, a diretiva do Procurador-Geral marca um passo nessa direção, inclinando-se para uma abordagem mais reabilitadora em relação a delitos de drogas.

Perspectiva pessoal

A recente diretiva do Procurador-Geral é um grande passo para Guyana. Ela visa alinhar as políticas do país com o que está acontecendo no cenário mundial. Ao focar em ajudar as pessoas, em vez de apenas puni-las, Guyana está mostrando um lado mais humano.

Essa mudança pode desafogar o sistema legal e também abrir portas para reformas mais positivas. Acredito que esse é um ótimo movimento para Guyana e estou ansioso para ver como isso vai evoluir no futuro.

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Robin Roy Krigslund-Hansen

Robin Roy Krigslund-Hansen

Sobre o autor:

Robin Roy Krigslund-Hansen é conhecido pelo seu vasto conhecimento e experiência nos domínios da produção de CBD e de cânhamo. Com uma carreira de mais de uma década na indústria da canábis, dedicou a sua vida a compreender os meandros destas plantas e os seus potenciais benefícios para a saúde humana e o ambiente. Ao longo dos anos, Robin tem trabalhado incansavelmente para promover a legalização total do cânhamo na Europa. O seu fascínio pela versatilidade da planta e pelo seu potencial de produção sustentável levou-o a seguir uma carreira neste domínio.

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