Estudo destaca aumento do uso de cannabis em idosos

20/09/2024
Idoso segurando um baseado de maconha

Um novo estudo apoiado pela AARP mostra que o uso de cannabis entre americanos com 50 anos ou mais quase dobrou nos últimos três anos. De acordo com a pesquisa realizada pela Universidade de Michigan, mais de um em cada cinco adultos mais velhos relatou usar cannabis no último ano. Isso reflete um grande aumento em relação aos 12 por cento que relataram o mesmo em um estudo anterior realizado em 2021.

Os pesquisadores acreditam que esse aumento está ligado à crescente legalização da cannabis nos EUA, o que tornou o produto mais acessível. O estudo sugere que as taxas de uso provavelmente continuarão a crescer à medida que mais estados legalizem a cannabis e o governo federal revise sua classificação de produtos de cannabis sob a Lei de Substâncias Controladas.

Razões para o aumento do uso

Entre aqueles que relataram usar cannabis no último ano, foram citadas várias razões. A maioria (81 por cento) disse que usou para relaxar, enquanto 68 por cento mencionaram o uso para ajudar a melhorar o sono. Um notável 63 por cento também relatou o uso de cannabis para alívio de dores, e 53 por cento disseram que recorreram a ela para melhorar a saúde mental e o bem-estar geral.

Curiosamente, o estudo também descobriu que muitos usuários gostavam da experiência em si, com 64 por cento dos entrevistados indicando que simplesmente gostavam de como a cannabis os fazia se sentir. As descobertas sugerem que os americanos mais velhos estão vendo cada vez mais a cannabis como uma ferramenta não apenas para fins de saúde, mas para melhorar a qualidade de vida.

Os dados demográficos por trás dos números

Aprofundando os dados, o estudo revelou que adultos de 50 a 64 anos eram mais propensos a usar cannabis mensalmente em comparação com aqueles com mais de 65 anos. Além disso, pessoas com pior saúde ou de lares de baixa renda também relataram taxas mais altas de uso.

Em Michigan, um estado que abraçou a venda de cannabis para uso adulto desde 2019, 27 por cento dos entrevistados relataram usar cannabis no último ano. Desses, 14 por cento disseram que usavam semanalmente, e 9 por cento eram usuários diários ou quase diários.

Preocupações sobre educação e conscientização

Embora muitos americanos mais velhos estejam recorrendo à cannabis, os pesquisadores por trás do estudo enfatizam a importância da educação sobre os riscos e possíveis interações que a cannabis pode ter com outros medicamentos.

Erin E. Bonar, pesquisadora envolvida no estudo, destacou que, embora muitos adultos mais velhos acreditem que a cannabis é mais forte agora do que era no passado, uma parte significativa ainda pode desconhecer o quão potentes os produtos atuais podem ser.

“Com a cannabis agora legal em 38 estados, estamos vendo um aumento no uso, mas ainda há uma lacuna na educação, particularmente sobre os possíveis riscos do uso frequente”, disse Bonar. A pesquisa destaca a necessidade de esforços contínuos para educar o público, especialmente os adultos mais velhos que podem não estar familiarizados com a potência dos produtos modernos de cannabis.

Incentivando o diálogo aberto com provedores de saúde

O estudo enfatiza a importância de os adultos mais velhos discutirem seu uso de cannabis com seus provedores de saúde. Mais da metade dos usuários regulares de cannabis disse que discutiu o uso com um médico ou profissional de saúde, mas os pesquisadores alertam que isso ainda deixa uma parte significativa dos usuários que podem não estar cientes de potenciais interações medicamentosas ou outros riscos.

Jeffrey Kullgren, professor de medicina interna da Universidade de Michigan, destacou a importância desse diálogo. “Muitos medicamentos prescritos e remédios de venda livre podem interagir com a cannabis de maneiras inesperadas. É vital que os usuários mantenham seus provedores de saúde informados para mitigar riscos”, disse ele.

Potencial para pesquisas futuras

À medida que o governo federal continua reconsiderando sua posição sobre a cannabis, particularmente com a possibilidade de reclassificar a substância, os pesquisadores esperam que isso abra as portas para estudos mais abrangentes.

Atualmente, muitas limitações existem na pesquisa sobre cannabis devido à sua classificação como uma substância da Tabela I. A reclassificação federal permitiria uma maior exploração de como a cannabis pode ser usada com segurança e eficácia, especialmente para adultos mais velhos que podem ter preocupações de saúde únicas.

Perspectiva pessoal

Ao refletir sobre esse aumento significativo no uso de cannabis entre os americanos mais velhos, fica claro que esse grupo está buscando maneiras alternativas de gerenciar dores, melhorar o sono e aumentar o bem-estar geral. Em um mundo onde medicamentos tradicionais podem ter efeitos colaterais indesejados, não é surpresa que muitos estejam recorrendo à cannabis como uma solução potencial.

Pessoalmente, acho esse desenvolvimento intrigante, mas não isento de preocupações. Embora seja encorajador ver mais pessoas se sentindo capacitadas para explorar novas maneiras de melhorar sua qualidade de vida, é essencial que façam isso com as informações corretas e orientação médica.

À medida que a cannabis se torna mais comum, garantir que os usuários mais velhos estejam cientes de seus riscos e benefícios será fundamental para promover uma abordagem mais segura e informada ao seu uso.

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Robin Roy Krigslund-Hansen

Robin Roy Krigslund-Hansen

Sobre o autor:

Robin Roy Krigslund-Hansen é conhecido pelo seu vasto conhecimento e experiência nos domínios da produção de CBD e de cânhamo. Com uma carreira de mais de uma década na indústria da canábis, dedicou a sua vida a compreender os meandros destas plantas e os seus potenciais benefícios para a saúde humana e o ambiente. Ao longo dos anos, Robin tem trabalhado incansavelmente para promover a legalização total do cânhamo na Europa. O seu fascínio pela versatilidade da planta e pelo seu potencial de produção sustentável levou-o a seguir uma carreira neste domínio.

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