Dispensários de cannabis não aumentam visitas a emergências

05/02/2025
Cannabis em um frasco

Estudo não encontra ligação entre dispensários de cannabis e emergências médicas

Um novo estudo publicado no International Journal of Drug Policy não encontrou evidências de que a abertura de dispensários licenciados de cannabis leve a um aumento nas visitas aos departamentos de emergência (DE). Esta pesquisa desafia preocupações de que mercados legais de cannabis possam contribuir para problemas de saúde pública.

Analisando o impacto dos dispensários de cannabis nas emergências

O estudo, conduzido no Canadá, avaliou os efeitos da abertura de lojas de cannabis nas visitas aos departamentos de emergência em 278 comunidades de Ontário. Os pesquisadores examinaram se a disponibilidade do varejo de cannabis levou a um aumento de atendimentos médicos relacionados ao seu uso.

De acordo com os resultados, não houve aumento mensurável nas visitas ao DE relacionadas ao uso de cannabis após a concessão de licenças para o varejo. Além disso, os pesquisadores não encontraram mudanças significativas nas visitas emergenciais associadas ao consumo de álcool ou opioides.

Principais descobertas da pesquisa

  • Os dispensários licenciados de cannabis não parecem estar ligados a um aumento nas emergências médicas relacionadas à substância.
  • Não foi encontrada correlação entre a abertura de lojas e o crescimento de emergências médicas ligadas ao consumo de álcool ou opioides.
  • O estudo sugere que fatores como preços da cannabis e horários de funcionamento podem ter maior impacto na saúde pública do que a densidade de lojas.

Abertura de dispensários e impactos sociais mais amplos

Além das visitas a departamentos de emergência, outros estudos analisaram os efeitos sociais dos dispensários legais de cannabis. Pesquisas indicam que a presença dessas lojas pode estar associada a:

  • Valorização imobiliária nas áreas próximas.
  • Ausência de aumento significativo nas taxas de criminalidade local.
  • Redução nas fatalidades relacionadas a opioides, sugerindo um possível papel na redução de danos.

Perspectiva geral

A ausência de um aumento expressivo nas visitas emergenciais contradiz receios de que o maior acesso ao varejo de cannabis pudesse resultar em crises de saúde pública. Em vez disso, sugere que um mercado regulamentado pode ser integrado às comunidades sem sobrecarregar os sistemas de saúde.

Para o futuro, os formuladores de políticas devem priorizar o aprimoramento das regulamentações, considerando fatores além do número de lojas — como iniciativas educativas, estratégias de preços e consumo responsável. Este estudo reforça a ideia de que mercados legais de cannabis, quando bem gerenciados, podem existir sem causar impactos negativos significativos à saúde pública.

Voltar para o blogue

Deixe um comentário

Tenha em atenção que os comentários necessitam de ser aprovados antes de serem publicados.

Robin Roy Krigslund-Hansen

Robin Roy Krigslund-Hansen

Sobre o autor:

Robin Roy Krigslund-Hansen é conhecido pelo seu vasto conhecimento e experiência nos domínios da produção de CBD e de cânhamo. Com uma carreira de mais de uma década na indústria da canábis, dedicou a sua vida a compreender os meandros destas plantas e os seus potenciais benefícios para a saúde humana e o ambiente. Ao longo dos anos, Robin tem trabalhado incansavelmente para promover a legalização total do cânhamo na Europa. O seu fascínio pela versatilidade da planta e pelo seu potencial de produção sustentável levou-o a seguir uma carreira neste domínio.

Saiba mais sobre Robin Roy Krigslund-Hansen

Produtos Relacionados