Consumo de canábis após cirurgia ao ombro associado a menor prescrição de opiáceos

05/12/2023
Um homem com dores no ombro

Introdução

Em um estudo inovador publicado na revista Orthopedics, pesquisadores revelaram uma correlação significativa entre o uso de cannabis após cirurgia no ombro e a diminuição na dependência de opioides. Essa descoberta abre um novo capítulo na exploração contínua da cannabis como uma alternativa viável para o controle da dor pós-cirúrgica.

Visão Geral do Estudo: Cannabis e Redução de Prescrição de Opioides

O Departamento de Cirurgia Ortopédica da Universidade de Connecticut conduziu um estudo abrangente envolvendo mais de 67.000 pacientes submetidos a cirurgias no ombro. A pesquisa concluiu que pacientes que usaram cannabis imediatamente após a operação preencheram menos prescrições de opioides e receberam doses menores de equivalentes de miligramas de morfina (MMEs) nos primeiros três dias após a cirurgia.

Metodologia e Principais Resultados

Utilizando o banco de dados PearlDiver, o estudo comparou o uso de opioides em pacientes com e sem relatos de uso de cannabis após redução aberta e fixação interna do úmero proximal. Os resultados destacaram uma diferença significativa nos padrões de prescrição de opioides entre esses dois grupos, com o grupo que usou cannabis apresentando uma redução perceptível no consumo de opioides.

Implicações Amplas da Cannabis no Controle da Dor

Este estudo recente está alinhado com um corpo crescente de pesquisas que indicam o papel da cannabis na redução das prescrições de opioides. Esses estudos têm mostrado resultados positivos em várias cirurgias, incluindo fusão de pescoço, punho, quadril e joelho. Essa tendência sugere um potencial mais amplo para a cannabis no campo do controle da dor pós-cirúrgica.

Estudos Comparativos e Conclusões

Pesquisas adicionais apoiam esses resultados, incluindo estudos em pacientes com dor crônica nas costas, onde a certificação de cannabis levou a uma redução nas prescrições diárias médias de opioides. Além disso, a implementação das leis de maconha medicinal tem sido associada a uma diminuição nas prescrições de opioides preenchidas pelo Medicare Parte D em mais de 2 milhões de doses diárias anualmente.

Estudos adicionais, como aqueles que se concentram na cirurgia eletiva de Discectomia e Fusão Cervical Anterior (ACDF), observaram tendências semelhantes, com pacientes que usam cannabis necessitando de menos medicamentos opioides para dor após a cirurgia. Esses estudos coletivamente sugerem o potencial da cannabis como uma ferramenta de redução de danos na crise dos opioides, indicando sua capacidade de melhorar a qualidade de vida dos pacientes e os resultados de saúde pública.

O Papel da Cannabis no Tratamento da Dor Crônica

A cannabis tem sido cada vez mais reconhecida como um analgésico de primeira linha para o tratamento da dor crônica. Isso é evidenciado pelo alto percentual de pacientes em registros estaduais de cannabis medicinal que listam a dor crônica como sua condição qualificadora. As Academias Nacionais de Ciência e Medicina também confirmaram a eficácia da cannabis no tratamento da dor crônica, aumentando ainda mais sua credibilidade como uma opção viável para o controle da dor.

Em Resumo

A convergência desses estudos apresenta um argumento convincente para considerar a cannabis como um tratamento alternativo ou complementar aos opioides no controle da dor pós-cirúrgica. À medida que a comunidade médica continua a buscar maneiras de combater a crise dos opioides, o papel da cannabis na redução da dependência de opioides após a cirurgia se torna cada vez mais relevante.

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Robin Roy Krigslund-Hansen

Robin Roy Krigslund-Hansen

Sobre o autor:

Robin Roy Krigslund-Hansen é conhecido pelo seu vasto conhecimento e experiência nos domínios da produção de CBD e de cânhamo. Com uma carreira de mais de uma década na indústria da canábis, dedicou a sua vida a compreender os meandros destas plantas e os seus potenciais benefícios para a saúde humana e o ambiente. Ao longo dos anos, Robin tem trabalhado incansavelmente para promover a legalização total do cânhamo na Europa. O seu fascínio pela versatilidade da planta e pelo seu potencial de produção sustentável levou-o a seguir uma carreira neste domínio.

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