Candidatos presidenciais concordam: Fim das prisões por maconha

01/10/2024
Cannabis e algemas

Ambos os candidatos presidenciais concordam: Precisamos parar de prender pessoas por maconha

Em um raro momento de concordância, os dois principais candidatos presidenciais nas próximas eleições dos EUA tomaram uma posição compartilhada sobre uma questão importante—parar de prender indivíduos por posse de maconha.

Apesar de suas diferenças históricas, a Vice-Presidente Kamala Harris e o candidato presidencial republicano Donald Trump estão alinhados na política de cannabis, o que ressoa com a crescente maioria dos americanos.

Por que ambos os candidatos agora apoiam a reforma da cannabis

Há poucos meses, a Vice-Presidente Harris postou nas redes sociais dizendo: "Ninguém deveria ir para a cadeia por maconha", um claro desvio de sua oposição anterior à legalização da maconha.

Em contraste, Donald Trump, em uma postagem mais recente, disse: "Não precisamos arruinar vidas e desperdiçar dólares dos contribuintes prendendo adultos com pequenas quantidades", sinalizando uma mudança significativa em sua postura anterior de linha dura contra as drogas. Essa posição evolutiva de ambos os políticos reflete uma mudança maior na opinião pública.

De acordo com a última pesquisa da Gallup, 70% dos adultos nos EUA agora apoiam a legalização da maconha—um aumento acentuado em relação a uma década atrás. Esse apoio crescente atravessa linhas políticas, com 87% dos democratas, 70% dos independentes e até 55% dos republicanos agora a favor da cannabis legalizada.

Contexto histórico e políticas fracassadas

O movimento para criminalizar a maconha começou no início do século 20, em grande parte alimentado por mitos e xenofobia em vez de preocupações legítimas com a segurança pública. Apesar de décadas de proibição, quase metade de todas as prisões relacionadas a drogas hoje ainda são por posse de maconha.

Críticos argumentam que isso tem sido um enorme desperdício de recursos, com prisões afetando desproporcionalmente jovens e indivíduos de baixa renda.

Além disso, a proibição da maconha pouco fez para reduzir o uso. Na verdade, nos estados que legalizaram a cannabis, o uso entre adolescentes diminuiu, segundo pesquisas. A maioria dos consumidores nesses estados compra de varejistas regulamentados, reduzindo ainda mais o papel do mercado ilícito.

Os benefícios econômicos da legalização

Os estados que legalizaram o uso adulto de cannabis têm visto ganhos econômicos significativos. Desde 2014, as vendas de cannabis geraram mais de 15 bilhões de dólares em receita tributária. Esses fundos têm sido usados para apoiar serviços públicos como construção de escolas e habitação acessível, proporcionando um benefício tangível para as comunidades locais.

  • A legalização reduziu as prisões relacionadas à maconha.
  • A receita tributária das vendas de cannabis financiou serviços essenciais.
  • O uso de cannabis por adolescentes caiu em estados com vendas legais.

Perspectiva pessoal

É impressionante ver como a reforma da maconha, antes considerada um tópico controverso, se tornou uma questão política predominante. Tanto Trump quanto Harris avançaram significativamente na adaptação de suas posições, provavelmente impulsionados pelo apoio esmagador do público à legalização.

Da minha perspectiva, essa mudança representa mais do que apenas uma manobra política—reflete um reconhecimento social mais amplo de que a guerra contra a maconha foi custosa e ineficaz.

Embora ainda haja trabalho a ser feito, é encorajador ver os dois principais partidos políticos começarem a priorizar políticas sensatas de cannabis que refletem a vontade do povo.

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Robin Roy Krigslund-Hansen

Robin Roy Krigslund-Hansen

Sobre o autor:

Robin Roy Krigslund-Hansen é conhecido pelo seu vasto conhecimento e experiência nos domínios da produção de CBD e de cânhamo. Com uma carreira de mais de uma década na indústria da canábis, dedicou a sua vida a compreender os meandros destas plantas e os seus potenciais benefícios para a saúde humana e o ambiente. Ao longo dos anos, Robin tem trabalhado incansavelmente para promover a legalização total do cânhamo na Europa. O seu fascínio pela versatilidade da planta e pelo seu potencial de produção sustentável levou-o a seguir uma carreira neste domínio.

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